domingo, 8 de agosto de 2010

"A ARTE DE SER PAI"

Não basta ser pai, tem que participar, já dizia uma peça publicitária que cravou na memória de muita gente. A figura do pai costuma ser ofuscada pela presença da mãe, o que não deixa de ser uma injustiça.. O pai não sente a vida no seu ventre, mas pai que é pai está presente na vida de seu filho desde o acompanhamento da gestação, fazendo a troca de fraldas, participando de atividades cotidianas e alimentando, uma ligação que vai durar pela vida toda.
A figura clássica do provedor aos poucos vai ficando para trás. O pai protetor é herói no imaginário infantil, mas um herói de carne e osso, que não faz coisas mágicas e impossíveis, mas que faz companhia, que dá segurança e afeto, que é amigo, que conversa, escuta e está sempre presente na cena.
Ser pai é rejuvenescer para, ao mesmo tempo, amadurecer. Um filho renova o olhar, desafia o pai a aprender e a se surpreender com as novidades que o mundo produz. É ter que sintonizar-se com sua linguagem, interessar-se verdadeiramente pela experiência da descoberta da vida que acontece diariamente com a criança e com o jovem. Ser pai é coisa de gente grande, já que terá que assumir a tarefa de tutelar a vida de outro, além de si mesmo, que ainda não consegue viver por sua própria conta e risco.
Hoje, o homem não tem mais inibição de manifestar carinho, aflição, medos e seu infinito amor pela criatura que ajudou a colocar no mundo. O pai muitas vezes se atrapalha na relação com o filho. Mas é muito melhor um pai confuso do que um pai distante.

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