sábado, 31 de dezembro de 2011

"FELIZ 2012"


"O que torna o sonho impossível não é o sonho em si, e sim o fato de não fazermos nada para realizá-lo."


Muito se fala em deixar um mundo melhor para as pessoas, mas acho que deveríamos começar tornando as pessoas melhores para o nosso mundo.


Feliz 2012 para todos!!!

sábado, 24 de dezembro de 2011

"FELIZ NATAL"


Mais um ano vai se esvaindo no nosso calendário, enquanto outro se anuncia nas iluminações e anúncios de ruas e vitrines. No ar as músicas natalinas, em algumas esquinas desfila o Papai Noel.

Muito se fala em deixar um mundo melhor para as pessoas, mas acho que deveríamos começar tornando as pessoas melhores para o nosso mundo.

Desejo um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de realizações, amor, saúde e muito sucesso para todos!!!

sábado, 17 de dezembro de 2011

"FINAL DO DESENHO CAVERNA DO DRAGÃO"


No inicio do capítulo final, o Vingador e o Mestre dos Magos encontram-se. O Vingador propõe um teste para a coragem dos garotos. Caso eles sejam bem-sucedidos, eles encontrarão a chave. Caso fracassem, perderão tudo, tanto suas armas quanto suas vidas. "Assim seja", diz o Mestre dos Magos.

Em outra cena, aparece diante dos garotos uma hidra, um monstro de várias cabeças. Eles são observados pelo Mestre dos Magos e pelo Vingador. Tentam inutilmente derrotar o monstro e, em situação de extremo perigo, pedem ajuda ao Mestre dos Magos, que diz, severamente: "Vocês entraram nessa situação sozinhos, meus jovens amigos... então saiam dela sozinhos." E desaparece.

Após um esforço sobre-humano, eles finalmente derrotam a hidra, e começam uma longa jornada. Desolados, acreditam que foram abandonados pelo Mestre dos Magos. O Vingador aparece e diz que o Mestre dos Magos finalmente revelou sua verdadeira face. O Vingador propõe enviar os garotos de volta para casa em troca de um favor: devem ir em direção à fronteira do reino, onde encontrarão um mausoléu. Lá, haverá uma chave que eles devem jogar no abismo.

Eric, Presto e Sheila pensam ser essa a única maneira de voltar para casa. Hank, Diana e Bobby dizem que jamais confiaram no Vingador. Os dois grupos se separam e seguem por caminhos distintos, mas ambos em direção à fronteira do reino. O grupo liderado por Eric encontra um navio, que Presto faz voar. O grupo de Hank segue voando em um dragão de bronze.

Hank: "Por que você acha que estamos aqui, Diana ?".

Diana: "No Reino ? Sempre acreditei que fosse para derrotar o Vingador".

Hank: "Eu também, mas talvez o Vingador tenha razão. Talvez as coisas não sejam tão simples".

Os dois grupos acabam encontrando-se no ar, e Hank pede que o outro grupo pare. Eric diz que é a única maneira de voltarem para casa. Hank tenta forçá-los a parar com uma flecha, e acaba derrubando-os. Hank, Diana e Bobby acreditam que os demais estão mortos.

Muda a cena pro mausoléu, em que estão o Vingador e o Mestre dos Magos.

Vingador: "Você perderá, velho. O desejo que eles tem de voltar para casa é mais forte do que tudo. Sem seu apoio eles estarão perdidos".

Mestre dos Magos: "Sua coragem não falhará. Eles farão o que deve ser feito."

Vingador: "Veremos. Há algo no mausoléu que testará sua coragem."

Descobre-se que Eric, Presto e Sheila sobreviveram à queda. Eles caminham em direção ao mausoléu. Eric, Bobby e Diana fazem o mesmo, mas um grupo não pode ver o outro devido ao terreno acidentado. Eles entram, e acabam se encontrando, com grande alegria.

Há uma nova discussão para saber se eles farão ou não o que o Vingador solicitou. Então, surge um monstro enorme, um amebóide, que os ataca. Eles correm e lutam contra o amebóide, até que, após muito esforço de todos, Bobby consegue enterrá-lo sob uma parede. Como isso acaba impedindo o caminho, eles são obrigados a seguir em frente, para desgosto de Hank.

Mestre dos Magos: "Eles estão vindo, Vingador. Cheios de dúvidas e suspeitas uns em relação aos outros, mas ainda estão vindo."

Vingador: "Eles ainda podem falhar... E falharão. Não celebre sua vitória ainda, velho."

Mestre dos Magos: "Não sou eu quem será o vencedor, Vingador. Será você."

Os garotos entram no santuário, que agora está vazio, exceto por eles e por um sarcófago. Diana aponta para uma parede quebrada, além da qual há um abismo. Os garotos aproximam-se calmamente, e observam um precipício sem fim, envolto em névoa noturna - a fronteira do reino. Estrelas cintilam na profundezas do abismo, e pilares do tamanho de um continente sustentam o reino.

Sheila aproxima-se da abóbada, onde há uma fechadura praticamente escondida. Presto aproxima-se do sarcófago, onde há uma figura esculpida. É um homem em armadura de guerreiro, braços cruzados sobre o tórax. Seu rosto, apesar de nobre a sereno, sem asas, chifre e outros traços de maldade, é inquestionavelmente o Vingador.

Eles abrem o sarcófago, onde há apenas uma chave de metal ordinário. Eric diz: "Temos a chave. Basta jogá-la no abismo para irmos para casa." Hank responde: "Você ainda não entendeu que jamais iremos para casa confiando no Vingador ?" Eles discutem e lutam pela chave. Hank diz: "Eric, lembra-se do que você disse sobre todo esse reino ser uma prisão ? Eu acho que você está certo. Todos somos prisioneiros aqui - inclusive o Vingador. E esta é a chave."

A discussão é interrompida pela chegada do amebóide. Eles o enfrentam. Sheila, Uni, Presto e Diana são presos pelos monstro. Bobby bate com o tacape no chão, provocando uma onda de choque que obriga o amebóide a largar seus amigos, mas que derruba Hank no abismo. Os outros garotos agrupam-se, lutando contra o amebóide. O Vingador materializa-se diante deles e ordena que Eric jogue a chave no abismo. Eric parece duvidar e, de repente, toma uma decisão: corre para a abóboda e abre a fechadura.

Um oceano de luz sai por detrás da porta. O amebóide desaparece. A luz mágica envolve o Vingador, que inutilmente tenta livrar-se e grita de medo. Raios de magia irrompem por todo o reino, permitindo que diversos povos, com imensa alegria, voltem para suas terras natais. A cidadela do Vingador é destruída.

Os garotos aproximam-se do abismo, temendo o pior, mas verificam que Hank está vivo e o tiram do precipício.

Começa então a seqüência final.

Hank: "Ei! O que está acontecendo com o Vingador ?"

Todos viram-se e vislubram uma luz intensa. O Vingador, envolvido pela luz, é transformado na figura nobre e majestosa de um cavaleiro, semelhante à que havia esculpida no sarcófago. Ele olha para si mesmo e duvida. Quando ele fala, sua voz é a do Vingador, mas sem o seu tom sinistro.



Os garotos assistem a tudo temerosas. Hank ergue seu arco em um gesto de triunfo: "Eu estava certo. Nossa missão no reino não era derrotar o Vingador - era redimi-lo."

O novo Vingador aproxima-se dos garotos. Então, em frente de todos, uma explosão de luzes prismáticas aparece e forma o Mestre dos Magos. Ele olha para o Vingador, e sorri. O Vingador ajoelha-se diante dele.

Vingador: "Pai, eu voltei."

Uni aconchega-se entre as mãos do Vingador. O Mestre dos Magos, com lágrimas nos olhos, diz aos garotos: "Obrigado, jovens aprendizes. Vocês fizeram a única coisa que estava acima do meu poder... vocês trouxeram meu filho de volta a mim."

Os garotos olham-se confusas.

Eric: "O Vingador é seu filho ?"

Presto: "Não há muita semelhança nessa família."

O Vingador sorri: "Muitos anos atrás, eu escolhi seguir outro mestre - o mal. Eu aprisionei neste mausoléu tudo o que o Mestre dos Magos havia-me dado. E agora vocês libertaram-me."

O Mestre dos Magos ergue suas mãos, e um último raio surge da abóbada, incidindo perto dos garotos e formando um portal, onde elas podem ver o parque de diversões.

Mestre dos Magos: "Vocês restituíram ao Reino sua liberdade. Eu não posso fazer menos por vocês. Vocês estão livres para retornar para o seu mundo agora, caso assim o desejem."

Os garotos olham-se com imensa alegria, e o Mestre dos Magos continua:

"Ou vocês podem ficar aqui, no Reino. Há ainda muito mal a ser combatido, e muitas aventuras a serem trilhadas."

Os garotos e Uni param em frente ao portal, com o Vingador de um lado e o Mestre dos Magos do outro.

Mestre dos Magos: "A escolha, meus filhos, é de vocês".

Os garotos olham-se, sorrindo, com lágrimas de alegria em seus olhos, prontas para fazerem a maior de todas as suas escolhas. A câmera se afasta, através da parede destruída do mausoléu, mostrando a fronteira do Reino. A câmera percorre montanhas, nuvens, até que por fim tem-se uma incrível vista: o próprio Reino, com sua gama de terras e de formas de vida, com seus perigos e com suas alegrias; um novo reino agora, mas ainda, e sempre: o Reino da Caverna do Dragão. 

FIM!!! 

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

terça-feira, 25 de outubro de 2011

"NUNCA PERCO UM BOM NEGÓCIO"

Nasrudin tinha tanta coisa contra seu jumento, que o mais óbvio a fazer seria vendê-lo para poder arranjar outro. Então foi ao mercado, encontrou o leiloeiro e entregou-lhe o jumento para que fosse vendido. Quando o animal foi exposto à venda, lá estava Nasrudin de prontidão. "E o próximo lote", anunciou o leiloeiro, "é este soberbo, inigualável, maravilhoso jumento. Quem dá o primeiro lance, oferecendo cinco moedas de ouro?" "Só cinco moedas de ouro por um jumento?", impressionou-se Nasrudin. Então ele mesmo abriu o leilão. À medida que o preço ia ficando mais e mais alto, com o leiloeiro apregoando a cada lance as maravilhas daquele jumento, Nasrudin foi ficando mais e mais ansioso por comprá-lo. Afinal, a disputa concentrou-se em Nasrudin e um fazendeiro. Assim que se alcançou o lance de quarenta moedas de ouro, o leiloeiro bateu o martelo e o jumento foi arrematado por Nasrudin. Pagou ao leiloeiro a comissão de um terço e ficou com a parte do dinheiro que correspondia ao vendedor; então, tomou posse do jumento conforme cabia ao comprador fazê-lo. O jumento talvez valesse umas vinte moedas de ouro. Ou seja, Nasrudin ficou sem um tostão: mas tinha comprado um jumento, cujos méritos ignorara, conforme agora se dava conta, até que tivessem sido tão brilhantemente retratados pelo leiloeiro da cidade.

"Nunca perco um bom negócio", disse Nasrudin a si mesmo, enquanto voltava para casa com seu prêmio. 

Do livro: Histórias de Narrudin - Edições Dervish

terça-feira, 18 de outubro de 2011

"SORTE OU AZAR"

Era uma vez um menino pobre que morava na China e estava sentado na calçada do lado de fora da sua casa. O que ele mais desejava era ter um cavalo, mas não tinha dinheiro. Justamente nesta dia passou em sua rua uma cavalaria, que levava um potrinho incapaz de acompanhar o grupo. O dono da cavalaria, sabendo do desejo do menino, perguntou se ele queria o cavalinho. Exultante o menino aceitou. Um vizinho, tomando conhecimento do ocorrido, disse ao pai do garoto: "Seu filho é de sorte!" "Por quê?", perguntou o pai. "Ora", disse ele, "seu filho queria um cavalo, passa uma cavalaria e ele ganha um potrinho. Não é uma sorte?" "Pode ser sorte ou pode ser azar!", comentou o pai. 

O menino cuidou do cavalo com todo zelo, mas um dia, já crescido, o animal fugiu. Desta vez, o vizinho diz: "Seu filho é azarento, hein? Ele ganha um potrinho, cuida dele até a fase adulta, e o potro foge!" "Pode ser sorte ou pode ser azar!", repetiu o pai. 

O tempo passa e um dia o cavalo volta com uma manada selvagem. O menino, agora um rapaz, consegue cercá-los e fica com todos eles. Observa o vizinho: "Seu filho é de sorte! Ganha um potrinho, cria, ele foge e volta com um bando de cavalos selvagens." "Pode ser sorte ou pode ser azar!", responde novamente o pai. Mais tarde, o rapaz estava treinando um dos cavalos, quando cai e quebra a perna. Vem o vizinho: "Seu filho é de azar! o cavalo foge, volta com uma manada selvagem, o garoto vai treinar um deles e quebra a perna." "Pode ser sorte ou pode ser azar!", insiste o pai. 

Dias depois, o reino onde moravam declara guerra ao reino vizinho. Todos os jovens são convocados, menos o rapaz que estava com a perna quebrada. O vizinho: "Seu filho é de sorte..." 

Assim é na vida, tudo que acontece pode ser sorte ou azar. Depende do que vem depois. O que parece azar num momento, pode ser sorte no futuro.

Do livro: O Sucesso não Ocorre por Acaso
Dr. Lair Ribeiro
Ed. Objetiva 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

"A CAVERNA MÁGICA"

Era uma vez uma mulher que morava numa casinha modesta ao pé de uma montanha onde havia uma grande floresta. Tinha um filho a quem amava muito.
No solstício de verão, a mulher levou o filho para colher os morangos maravilhosos que havia na floresta. Subiram a montanha e chegaram a um lugar coberto dos morangos maiores, mais vermelhos e mais saborosos que já tinham visto. Colheram quantos puderam. Mas tão logo a mulher encheu a cesta, viu abrir a porta de uma gande caverna diante dela. Enormes pilhas de ouro brilhavam no chão, e três virgens brancas guardavam o tesouro.
- Entre, boa mulher - disseram as virgens brancas. - Leve quanto ouro puder pegar de uma só vez.
A mulher entrou na caverna e, segurando o filho pela mão, pegou um punhado de moedas de ouro e pôs no avental. Mas o toque do ouro despertou uma enorme cobiça e, esquecendo o filho, pegou mais dois punhados de moedas e saiu correndo da caverna. No mesmo instante ouviu um estrondo atrás dela e uma voz trovejou:
- Mulher infeliz! Perdeu o seu filho até o próximo solstício de verão!
A porta da caverna se fechou e a criança ficou presa lá dentro. A pobre mulher torceu as mãos desesperada, chorou e implorou, mas não adiantou, e ela foi para casa sem o filho. Voltou todos os dias ao lugar, mas a porta nunca mais se abriu e ela não conseguiu mais encontrar a caverna. No ano seguinte, no solstício de verão, ela acordou bem cedo e foi correndo ao lugar. Ao chegar encontrou a porta aberta. As pilhas de ouro brilhavam no chão e as três virgens guardavam o tesouro. Ao lado delas estava o menino com uma maçã vermelha na mão.
- Entre, boa mulher - as três virgens convidaram. - Leve quanto ouro puder pegar de uma só vez.
A mulher entrou na caverna e, sem sequer olhar para o ouro, agarrou o filho e tomou-o nos braços.
- Boa mulher - disseram as três virgens, - leve o menino para casa. Nós o devolvemos a você, pois agora seu amor é maior que a cobiça.  
A mulher voltou para casa com o menino e o amou mais que o ouro pelo resto da vida.

Recontada por Frances Jenkins Olcott 
Do livro: O Livro das Virtudes II - O compasso moral
Editora Nova Fronteira 

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

"AMOR SEM ILUSÃO"

Conta-se que um jovem caminhava pelas montanhas nevadas da velha Índia, absorvido em profundos questionamentos sobre o amor, sem poder solucionar suas ansiedades. Ao longo do caminho, à sua frente, percebeu que vinha em sua direção um velho sábio. E porque se demorasse em seus pensamentos sem encontrar uma resposta que lhe aquietasse a alma, resolveu pedir ao sábio que o ajudasse. Aproximou-se e falou com verdadeiro interesse:
- Senhor, desejo encontrar minha amada e construir com ela uma família com bases no verdadeiro amor.
- Todavia, sempre que me vem à mente uma jovem bela e graciosa e eu a olho com atenção, em meus pensamentos ela vai se transformando rapidamente.
- Seus cabelos tornam-se alvos como a neve, sua pele rósea e firme fica pálida e se enche de profundos vincos.
- Seu olhar vivaz perde o brilho e parece perder-se no infinito. Sua forma física se modifica acentuadamente e eu me apavoro.
- Desejo saber, meu sábio, como é que o amor poderá ser eterno, como falam os poetas?
Nesse mesmo instante aproxima-se de ambos uma jovem envolta em luto, trazendo no rosto expressões de profunda dor. Dirige-se ao sábio e lhe fala com voz embargada:
- Acabo de enterrar o corpo de meu pai que morreu antes de completar 50 anos.
- Sofro porque nunca poderei ver sua cabeça branca aureolada de conhecimentos. Seu rosto marcado pelas rugas da experiência, nem seu olhar amadurecido pelas lições da vida.
- Sofro porque não poderei mais ouvir suas histórias sábias nem contemplar seu sorriso de ternura.
- Não verei suas mãos enrugadas tomando as minhas com profundo afeto.
Nesse momento o sábio dirigiu-se ao jovem e lhe falou com serenidade:
- Você percebe agora as nuanças do amor sem ilusões, meu jovem?
- O amor verdadeiro é eterno porque não se apega ao corpo físico, mas se afeiçoa ao ser imortal que o habita temporariamente.
- É nesses sentimentos sem ilusões nem fantasias que reside o verdadeiro e eterno amor.
A lição do velho sábio é de grande valia para todos nós que buscamos as belezas da forma física sem observar as grandezas da alma imortal. O sentimento que valoriza somente as aparências exteriores não é amor, é paixão ilusória. O amor verdadeiro observa, além da roupagem física que se desgasta e morre, a alma que se aperfeiçoa e a deixa quando chega a hora, para prosseguir vivendo e amando, tanto quanto o permita o seu coração imortal.Pense nisso! As flores, por mais belas que sejam, um dia murcham e morrem... Mas o seu perfume permanece no ar e no olfato daqueles que o souberam guardar em frascos adequados. O corpo humano, por mais belo e cheio de vida que seja, um dia envelhece e morre. Mas as virtudes do espírito que dele se liberta continuam vivas nos sentimentos daqueles que as souberam apreciar e preservar, no frasco do coração. Pensemos nisso! 

Autor desconhecido.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

"SER FELIZ OU TER RAZÃO"

Oito da noite numa avenida movimentada.
O casal já esta atrasado para jantar na casa de alguns amigos.
O endereço é novo, assim como o caminho, que ela conferiu no mapa antes de sair.
Ele dirige o carro.
Ela o orienta e pede para que vire na próxima rua à esquerda.
Ele tem certeza de que é à direita.
Discutem. Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal humorados, ela deixa que ele decida.
Ele vira a direita e percebe que estava errado.
Ainda com dificuldade, ele admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.
Ela sorri e diz que não há problema algum em chegar alguns minutos mais tarde.
Mas ele ainda quer saber: Se você tinha tanta certeza de que eu estava tomando o caminho errado, deveria insistir um pouco mais.
E ela diz: Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz.
Estávamos a beira de uma briga, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite.

Essa pequena historia foi contada por uma empresária durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho.
Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independente de tê-la ou não.
Desde que ouvi esta história, tenho me perguntado com mais freqüência:
Quero ser feliz ou ter razão?
Pense nisso e seja feliz.
Autor Desconhecido.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

"MILIONÁRIO OU FAXINEIRO"

Um homem que estava desempregado entra numa seleção para ser faxineiro. O gerente de recursos humanos o entrevista, faz um teste (pede para ele varrer o chão) e lhe diz: "o serviço é seu. Dê-me seu e-mail para que eu envie a ficha de inscrição, data e hora em que você deverá se apresentar para o serviço. O homem, desesperado, responde que não tem computador, muito menos e-mail. O gerente de RH disse então que lamentava o ocorrido, mas que a ausência de e-mail significava que virtualmente o homem não existia, e que, como não existia, não poderia trabalhar. O homem saiu desesperado, sem saber o que fazer e com somente 10 reais no bolso. Decidiu então ir ao supermercado e comprar uma caixa de tomates. Indo de porta em porta, resolveu vender os tomates a quilo e, em menos de duas horas, já tinha conseguido duplicar seu capital. Depois de repetir a operação mais três vezes, voltou para casa com algum dinheiro. E assim o tempo passa. O homem verifica que pode sobreviver dessa maneira, sai de casa cada dia mais cedo e chega do trabalho cada dia mais tarde. Pouco tempo depois compra uma kombi, depois a troca por um caminhão e chega a ter uma pequena frota de veículos para distribuição. Cinco anos depois, o homem se torna dono de uma das maiores distribuidoras de alimentos do Brasil. Pensando no futuro da família, decide tirar um seguro de vida. Chama um corretor, acerta um plano justo e, quando a conversa acaba, o corretor lhe pede um endereço de e-mail para enviar a proposta. O homem responde que não tem e-mail. Curioso, o corretor lhe disse: "Você não tem e-mail e chegou a construir esse império. Imagine o que você seria se tivesse um e-mail!". E o homem responde: 


"Seria FAXINEIRO!!!" 

Autor Desconhecido.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

"APRENDENDO A DIZER NÃO"

Quando Angela tinha apenas dois ou três anos, seus pais a ensinaram a nunca dizer NÃO. Ela devia concordar com tudo o que eles falassem, pois, do contrário, era uma palmada e cama. Assim, Angela tornou-se uma criança dócil, obediente, que nunca se zangava. Repartia suas coisas com os outros, era responsável, não brigava, obedecia a todas as regras, e para ela os pais estavam sempre certos.
A maioria dos professores valorizava muito essas qualidades, porém os mais sensíveis se perguntavam como Angela se sentia por dentro. Ângela cresceu cercada de amigos que gostavam dela por causa de sua meiguice e de sua extrema prestatividade: mesmo que tivesse algum problema, ela nunca se recusava a ajudar os outros. Aos trinta e três anos, Angela estava casada com um advogado e vivia com sua família numa casa confortável. Tinha dois lindos filhos e, quando alguém lhe perguntava como se sentia, ela sempre respondia: "Está tudo bem." Mas, numa noite de inverno, perto do Natal, Angela não conseguiu pegar no sono, a cabeça tomada por terríveis pensamentos. De repente, sem saber o motivo, ela se surpreendeu desejando com tal intensidade que sua vida acabasse, que chegou a pedir a Deus que a levasse. Então ela ouviu, vinda do fundo do seu coração, uma voz serena que, baixinho, disse apenas uma palavra: NÃO. Naquele momento, Angela soube exatamente o que devia fazer. E eis o que ela passou a dizer àqueles a quem mais amava:

Não, não quero.
Não, não concordo.
Não, faça você.
Não, isso não serve pra mim.
Não, eu quero outra coisa.
Não, isso doeu muito.
Não, estou cansada.
Não, estou ocupada.
Não, prefiro outra coisa.

Sua família sofreu um impacto, seus amigos reagiram com surpresa. Ângela era outra pessoa, notava-se isso nos seus olhos, na sua postura, na forma serena mas afirmativa com que passou a expressar o seu desejo. Levou tempo para que Angela incorporasse o direito de dizer NÃO à sua vida. Mas a mudança que se operou nela contagiou sua família e seus amigos. O marido, a princípio chocado, foi descobrindo na sua mulher uma pessoa interessante, original, e não uma mera extensão dele mesmo. Os filhos passaram a aprender com a mãe o direito do próprio desejo. E os amigos que de fato amavam Angela, embora muitas vezes desconcertados, se alegraram com a transformação. À medida que Angela foi se tornando mais capaz de dizer NÃO, as mudanças se ampliaram. Agora ela tem muito mais consciência de si mesma, dos seus sentimentos, talentos, necessidades e objetivos. Trabalha, administra seu próprio dinheiro, e nas eleições escolhe seus candidatos. Muitas vezes ela fala com seus filhos: "Cada pessoa é diferente das outras e é bom a gente descobrir como cada um é. O importante é dizer o que você quer e ouvir o desejo do outro, dizer a sua opinião e ouvir o que o outro acha. Só assim podemos aprender e crescer. Só assim podemos ser felizes."

Barbara K. Bassett

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

"CORAGEM DE ENFRENTAR SEUS MEDOS"

Diz uma antiga fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do gato. Um mágico teve pena dele e o transformou em gato. Mas aí ele ficou com medo de cão, por isso o mágico o transformou em pantera. Então ele começou a temer os caçadores. A essa altura o mágico desistiu. Transformou-o em camundongo novamente e disse:
- Nada que eu faça por você vai ajudá-lo, porque você tem apenas a coragem de um camundongo. É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto. Mas saiba que coragem não é a ausência do medo, é sim a capacidade de avançar, apesar do medo; caminhar para frente; e enfrentar as adversidades, vencendo os medos. É isto que devemos fazer. Não podemos nos derrotar, nos entregar por causa dos medos. Senão, jamais chegaremos aos lugares que tanto almejamos em nossas vidas.

Autor desconhecido.


terça-feira, 27 de setembro de 2011

"A ROUPA NÃO FAZ O HOMEM"

Mahatma Gandhi só usava uma tanga, a fim de se identificar com as massas simples da Índia. Certa vez, ele chegou assim vestido, numa festa dada pelo governador inglês. Os criados não o deixaram entrar. Ele voltou para casa e enviou um pacote ao governador, por um mensageiro. O governador ligou para a casa dele e perguntou-lhe o significado do embrulho. O pequeno grande homem respondeu: "Fui convidado para a sua festa, mas não me permitiram entrar por causa da minha roupa. Se é a roupa que vale, eu lhe envio o meu terno."

Autor Desconhecido.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

"PRÍNCIPE"



Hoje, dia 12 de setembro de 2011 é aniversário do meu filho. Parece que foi ontem que eu vi uma criança linda chegar na minha vida e muito emocionado não contive as lágrimas quando vi e ouvi meu filho pela primeira vez. Ele já está completando 4  anos de vida, anos maravilhosos, em que tive a oportunidade de melhorar imensamente como pessoa, e tive o privilégio de ser pai, e receber um amor tão intenso que eu nunca tinha imaginado que um dia alguém pudesse sentir por mim.

Filhos são como navios…

Ao olhar um navio no porto, imaginamos que ele esteja em seu lugar mais seguro, protegido por uma forte âncora. Mal sabemos que ali está em preparação, abastecimento e provisão para se lançar ao mar, ao destino para o qual foi criado, indo ao encontro das próprias aventuras e riscos. Dependendo do que a natureza lhes reserva, poderá ter que desviar da rota, traçar outros caminhos ou procurar outros portos. Certamente retornará fortalecido pelo aprendizado adquirido, mais enriquecido pelas diferentes culturas percorridas. E haverá muita gente no porto feliz à sua espera. Assim são os FILHOS. Estes tem nos PAIS o seu porto seguro até que se tornem independentes. Por mais segurança, sentimentos de preservação e manutenção que possam sentir junto aos seus pais, eles nasceram para singrar os  mares da vida, correr seus próprios riscos e viver suas próprias aventuras. Certo que levarão consigo os exemplos dos pais, o que eles aprenderam e os conhecimentos da escola, mas a principal provisão, além das materiais, estará no interior de cada um: A CAPACIDADE DE SER FELIZ. Sabemos, no entanto, que não existe felicidade pronta, algo que se guarda num esconderijo para ser doada, transmitida a alguém. O lugar mais seguro que o navio pode estar é o porto. Mas ele não foi feito para permanecer ali. Os pais também pensam que sejam o porto seguro dos filhos, mas não podem se esquecer do dever de prepará-los para navegar  mar a dentro e encontrar o seu próprio lugar, onde se sintam seguros, certos de que deverão ser, em outro tempo, este porto para outros seres. Ninguém pode traçar o destino dos filhos, mas deve estar consciente de que na bagagem devem levar VALORES herdados como: HUMILDADE, HUMANIDADE, HONESTIDADE, DISCIPLINA, GRATIDÃO E GENEROSIDADE. Filhos nascem dos pais, mas devem se tornar CIDADÃOS DO MUNDO. Os pais podem querer o sorriso dos filhos, mas não podem sorrir por eles. Podem desejar e contribuir para a felicidade dos filhos, mas não podem ser felizes por eles.  A FELICIDADE CONSISTE EM TER UM IDEAL PRA BUSCAR E TER A CERTEZA DE ESTAR DANDO PASSOS FIRMES NO CAMINHO DA BUSCA. Os pais não devem seguir os passos dos filhos e nem devem estes descansar nos que os pais conquistaram. Devem os filhos seguir de onde os pais chegaram, de seu porto, e, como navios, partirem para as próprias conquistas e aventuras. Mas, para isso, precisam ser preparados e amados, na certeza de que: QUEM AMA EDUCA!

“COMO É DIFÍCIL SOLTAR AS AMARRAS!”

Autor Desconhecido.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

"A SOLUÇÃO"

Havia um casal que andava sempre deprimido pelo fato pelo fato de não poder ter filhos. O marido e a mulher já haviam consultado todos os médicos, mestres espirituais, curadeiros e psiquiatras, mas nenhum pôde ajudá-los. Mais tarde, souberam que um famoso iogue estava em visita a sua cidade. Dizia-se que não havia problema que ele não pudesse resolver. O iogue, depois de verificar o nadi (pulso ) deles, disse:
- Vão embora! E não pensem mais em ter filhos. Vejo que ambos irão morrer dentro de 41 dias. Talvez, se visitarem descalços todos os templos da Índia, possam sobreviver. Eles ficaram assustados. Não conseguiam mais comer nem dormir direito, mas andaram de cidade em cidade visitando todos os templos que puderam. Até o pensamento de não poderem ter filhos deixou de incomodá-los. Mas eles não morreram no quadragésimo primeiro dia, como afirmara o iogue. Pelo contrário, depois de alguns dias, a mulher havia engravidado, o que os fez indagar, preocupados: a mulher concebera graças ao iogue ou por causa das peregrinações? A fim de esclarecer essa dúvida, voltaram a procurar o iogue. O iogue sorriu e disse:
- O problema de vocês não era que vocês não pudessem conceber. Era a obesidade. A caminhada fez com que perdessem o excesso de peso e pudessem conceber. Isso não tem nada a ver com as minhas bençãos. Foi a minha ioga sadhana que lhes proporcionou essa maravilhosa situação e transformou toda a vida de vocês.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

"A FLAUTA MÁGICA"

Era uma vez um caçador que contratou um feiticeiro para ajudá-lo a conseguir alguma coisa que pudesse facilitar seu trabalho nas caçadas. Depois de alguns dias, o feiticeiro entregou-lhe uma flauta mágica que, ao ser tocada, enfeitiçava os animais, fazendo-os dançar.
Entusiasmado com o instrumento, o caçador organizou uma caravana com destino à África, convidando dois outros amigos. Logo no primeiro dia de caçada, o grupo se deparou com um feroz tigre. De imediato, o caçador pôs-se a tocar a flauta e, milagrosamente, o tigre começou a dançar. Foi fuzilado à queima roupa.
Horas depois, um sobressalto. A caravana foi atacada por um leopardo que saltava de uma árvore. Ao som da flauta, contudo, o animal transformou-se: de agressivo, ficou manso e dançou. Os caçadores não hesitaram: mataram-no com vários tiros.
E foi assim até o final do dia, quando o grupo encontrou um leão faminto. A flauta soou, mas o leão não dançou, mas atacou um dos amigos do caçador flautista, devorando-o. Logo depois, devorou o segundo. O tocador de flauta, desesperadamente, fazia soar as notas musicais, mas sem resultado algum. O leão não dançava. E enquanto tocava e tocava, o caçador foi devorado. Dois macacos, em cima de uma árvore próxima, a tudo assistiam. Um deles observou com sabedoria:
- Eu sabia que eles iam se dar mal quando encontrassem um surdinho...
Não confie cegamente nos métodos que sempre deram certo, pois um dia podem não dar. Tenha sempre planos de contingência, prepare alternativas para as situações imprevistas, analise as possibilidades de erro. Esteja atento às mudanças e não espere as dificuldades para agir. 

Cuidado com o leão surdo.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

"AULA DE FILOSOFIA"

Um professor de Filosofia entra na sala de aula, põe a cadeira em cima da mesa e escreve no quadro:
"Provem-me que esta cadeira não existe".

Apressadamente, os alunos começam a escrever longas dissertações sobre o assunto. No entanto, um dos alunos escreve apenas duas palavras na folha e entrega-a ao professor. Este, quando a recebe, não pode deixar de sorrir depois de ler: 

"Que cadeira?"

Conclusão: Não procure chifres em cabeça de cavalo ou pelo em ovo. Opte pela simplificação.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

"COBIÇA"

Uma mulher possuía uma galinha que lhe dava um ovo todo dia. Ela pensava consigo mesma como poderia obter dois ovos por dia ao invés de apenas um, e finalmente, para atingir seu propósito, decidiu dar a galinha ração em dobro. 

A partir daquele dia a galinha tornou-se gorda e preguiçosa e nunca mais botou nenhum ovo. 

A cobiça vai muito além dela mesma.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

"MEIA VERDADE"

Relata-se o seguinte incidente envolvendo o profeta Maomé. O profeta e um dos seus companheiros entrou numa cidade para ensinar. Logo um adepto dos seus ensinamentos aproximou-se e disse: 
- "Meu senhor, não há nada exceto estupidez nesta cidade. Os habitantes são tão obstinados! Ninguém quer aprender nada. Tu não irás converter nenhum desses corações de pedra."
O profeta respondeu bondosamente:
- "Tu tens razão."
Logo depois, outro membro da comunidade abordou o profeta. Cheio de alegria, ele disse:
- "Mestre, tu estás numa cidade abençoada. O povo anseia receber o verdadeiro ensinamento, e as pessoas abrem seus corações à tua palavra."
Maomé sorriu bondosamente e novamente disse:
- "Tu tens razão."
- "Ó mestre", disse o companheiro de Maomé, "tu disseste ao primeiro homem que ele tinha razão, e ao segundo homem, que afirmou o contrário, tu disseste que ele também tinha razão. Pois negro não pode ser branco."
Maomé respondeu:
- "Cada um vê o mundo do jeito que espera que seja. Por que deveria eu refutar os dois homens? Um deles vê o mal, o outro, o bem. Tu dirias que um deles vê falsamente? Não são as pessoas aqui e em toda parte boas e más ao mesmo tempo? Nenhum dos dois disse algo equivocado, disseram apenas algo incompleto." 

Do livro: O Mercador e o Papagaio 
Nossrat Peseschkian - Ed. Papirus

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

"A RIQUESA E O CONHECIMENTO"

Era uma vez, num reino distante, um jovem que entrou numa floresta e disse ao seu mestre espiritual: "Quero possuir riqueza ilimitada para poder ajudar o mundo. Por favor, conte-me, qual é o segredo para se gerar abundância?"
O mestre espiritual respondeu: "Existem duas deusas que moram no coração dos seres humanos. Todos são profundamente apaixonados por essas entidades supremas. Mas elas estão envoltas num segredo que precisa ser revelado, e eu lhe contarei qual é." Com um sorriso, ele prosseguiu:
"Embora você ame as duas deusas, deve dedicar maior atenção a uma delas, a deusa do Conhecimento, cujo nome é Sarasvati. Persiga-a, ame-a, dedique-se a ela. A outra deusa, chamada Lakshmi, é a da Riqueza. Quando você dá mais atenção a Sarasvati, Lakshmi, extremamente enciumada, faz de tudo para receber o seu afeto. Assim, quanto mais você busca a deusa do Conhecimento, mais a deusa da Riqueza quer se entregar a você. Ela o seguirá para onde for e jamais o abandonará. E a riqueza que você deseja será sua para sempre."
Existe poder no conhecimento, no desejo e no espírito. E esse poder que habita em você é a chave para a criação da prosperidade. 

Do livro: Criando Prosperidade - Deepak Chopra - Ed. Best Seller

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

"BURRICE"

Caminhavam dois burros, um com uma carga de açúcar, outro com uma carga de esponjas. Dizia o primeiro:
- Caminhemos com cuidado, porque a estrada é perigosa.
O outro argüiu:
- Onde está o perigo? Basta andarmos pelo rastro dos que hoje passaram por aqui.
- Nem sempre é assim. Onde passa um, pode não passar outro.
- Que burrice! Eu sei viver, gabo-me disso, e minha ciência toda se resume em só imitar o que os outros fazem.
- Nem sempre é assim, nem sempre é assim... continuou a filosofar o primeiro.
Nisto alcançaram o rio, cuja ponte caíra na véspera.
- E agora?
- Agora é passar a vau.
O burro de açúcar meteu-se na correnteza e, como a carga ia se dissolvendo ao contato da água, conseguiu sem dificuldade pôr pé na margem oposta. O burro da esponja, fiel às suas idéias, pensou consigo:
- Se ele passou, passarei também - e lançou-se ao rio.
Mas sua carga, em vez de esvair-se como a do primeiro, cresceu de peso a tal ponto que o pobre tolo foi ao fundo.
- Bem dizia eu! Não basta querer imitar, é preciso poder imitar - comentou o outro. 

Do livro: Fábulas - Monteiro Lobato - Editora Brasiliense

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

"QUESTÃO DE FÉ"

Esta é a história de um alpinista que sempre buscava superar mais e mais desafios. Ele resolveu depois de muitos anos de preparação escalar o Aconcágua. Mas ele queria a glória somente para ele, e resolveu escalar sozinho sem nenhum companheiro, o que seria natural no caso de uma escalada dessa dificuldade. Ele começou a subir e foi ficando cada vez mais tarde, porém ele não havia se preparado para acampar e resolveu seguir a escalada decidido a atingir o topo. Escureceu, e a noite caiu como um breu nas alturas da montanha, e não era possível mais enxergar um palmo à frente do nariz, não se via absolutamente nada. Tudo era escuridão, zero de visibilidade, não havia lua e as estrelas estavam cobertas pelas nuvens. Subindo por uma "parede" a apenas 100m do topo ele escorregou e caiu..... caía a uma velocidade vertiginosa, somente conseguia ver as manchas que passavam cada vez mais rápidas na mesma escuridão, e sentia a terrível sensação de ser sugado pela força da gravidade. Ele continuava caindo... e nesses angustiantes momentos, passaram por sua mente todos os momentos felizes e tristes que ele já havia vivido em sua vida... De repente ele sentiu um puxão forte que quase o partiu pela metade... Shack! Como todo alpinista experimentado, havia cravado estacas de segurança com grampos a uma corda comprida que fixou em sua cintura. Nesses momentos de silêncio, suspenso pelos ares na completa escuridão, não sobrou para ele nada além do que gritar:
- Ó MEU DEUS ME AJUDE !!
De repente uma voz grave e profunda vinda do céu respondeu:
- QUE VOCÊ QUER DE MIM MEU FILHO?
- Me salve meu Deus por favor!!
- VOCÊ REALMENTE ACREDITA QUE EU POSSA TE SALVAR?
- Eu tenho certeza meu Deus.
- ENTÃO CORTE A CORDA QUE TE MANTÉM PENDURADO...
Houve um momento de silêncio e reflexão. O homem se agarrou mais ainda a corda e refletiu que se fizesse isso morreria. Conta o pessoal de resgate que no outro dia encontraram um alpinista congelado, morto, agarrado com força com as suas duas mãos a uma corda A TÃO SOMENTE DOIS METROS DO CHÃO... Você teria tamanha fé???? Ou se juntaria ao alpinista????

domingo, 30 de janeiro de 2011

"QUANDO DEUS CRIOU AS MÃES"

Quando o bom Senhor estava criando as mães e entrava no sexto dia de hora extra, surgiu o anjo e disse:

- Estás caprichando neste daí, hein?

E o Senhor respondeu:

- Já leste as especificações técnicas deste pedido? Ela precisa ser 100% lavável, sem ser de plástico; precisa ter 180 peças flexíveis... todas elas substituíveis; precisa ser movida a café preto e sobras de comida; tem de ter um beijo que cure qualquer mal, de uma perna quebrada a uma desilusão amorosa; além de seis pares de mão. 

O anjo balançou a cabeça lentamente e opinou:

- Seis pares de mãos? Assim não dá!
- Não são as mãos que estão me causando problemas - disse o Senhor. - São os três pares de olhos que as mães precisam ter.
- O modelo básico é assim? - indagou o anjo.

O Senhor fez que sim com a cabeça:
- Um par para ver através da porta quando ele pergunta "O que é que estão aprontando aí dentro, crianças?" quando já sabe a resposta. Outro par aqui, atrás da cabeça, para ver o que não deve mas o que precisa saber e, é claro, os dois daqui da frente, para poder olhar para o filho quando este errar e dizer "Eu compreendo e o amo" sem pronunciar uma única palavra.
- Senhor - disse o anjo, tocando a manga de sua roupa, suavemente -, precisas dormir. Amanhã...
- Não posso - reagiu o Senhor. - Estou muito próximo de criar algo muito parecido comigo. Já criei um ser que se cura quando está doente... que consegue alimentar uma família de seis com meio quilo de carne moída... e que consegue enfiar uma criança de nove anos debaixo do chuveiro.

O anjo caminhou em torno do modelo da mãe, lentamente.

- Mas é suave demais!
- Na mesma medida em que é valente - disse o Senhor, animadíssimo. - Você nem imagina o que esta mãe pode fazer ou suportar.
- Ela sabe pensar?
- Não apenas sabe pensar como, também, raciocinar e encontrar soluções conciliatórias - respondeu o Criador.

Finalmente, o anjo se curvou e passou o dedo pela face do modelo.

- Há um vazamento aqui - pronunciou. - Eu avisei que estavas tentando colocar coisas demais neste modelo.
- Mas não é um vazamento - corrigiu o Senhor. - É uma lágrima.
- E para que serve?
- Serve para a alegria, para a tristeza, o desapontamento, a dor, a solidão e o orgulho.
- O Senhor é mesmo um gênio - elogiou o anjo.

Então o Senhor mostrou-se solene:

- Mas não fui eu que a coloquei aí.

Erma Bombeck
Histórias para Aquecer o Coração das Mães
Jack Canfield, Mark Victor Hansen, e ...
Editora Sextante

sábado, 29 de janeiro de 2011

"MUDANÇAS"

As coisas mudam. Todo momento é diferente do momento que já passou. Será que as coisas mudam para melhor ou para pior? Isso depende inteiramente de você. A mudança é neutra. Por si só, ela não é boa ou má. Ela é apenas necessária. Se as coisas não mudassem, nada aconteceria em nossas vidas. A mudança é o que leva você de um lugar a outro. Ela é fundamental para a própria existência. Pense em todos os processos acontecendo agora mesmo no seu corpo, mudanças que preservam a sua vida. Quando tudo vai indo bem, alguma coisa vai mudar. Quando você já está começando a entrar em desespero, alguma coisa vai mudar. É a natureza da sua existência. É assim que as coisas acontecem. As mudanças não têm que pará-lo ou limitar a sua vida. Na verdade, essas mudanças lhe darão mais poder para avançar se você deixar. Você não pode parar as mudanças. Também não pode deixar que as mudanças parem você. As mudanças continuam vindo. Através delas, você pode aprender, crescer e prosperar. Procure as alternativas positivas em cada mudança que ocorrer.
Elas existem, sim, e podem levá-lo onde você quiser. 

Autor desconhecido

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

"QUEM NÃO PEDE NÃO GANHA"

Há vários anos, a Universidade de Chicago recebeu uma doação de 1 milhão de dólares da Sra. Fields da famosa e bem-sucedida loja de departamentos Marshall Fields. Quando a administração da Universidade de Northwestern leu a manchete no jornal, as pessoas de lá ficaram chocadas. Como podia ser? A Sra. Fields morava em Evanston, Illinois. A Northwestern ficava em Evanston, Illinois. Ela havia sido patrona desta Universidade no passado. Por que não doou o dinheiro à Northwestern? Por que em vez disso tinha doado o dinheiro à Universidade de Chicago? Quando os funcionários da universidade ligaram para a Sra. Fields para descobrir por que ela havia doado o dinheiro à Universidade de Chicago, e não a eles, ela respondeu: "O pessoal da Universidade de Chicago pediu. Vocês não."

Canja de Galinha para a Alma
Jack Canfield & Mark Victor Hansen
Ediouro

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

"A ESPADA MÁGICA"

Existe uma história muito, muito antiga, do tempo dos cavaleiros em brilhantes armaduras, sobre um jovem comum que estava com muito medo de testar sua habilidade com as armas, no torneio local. Certo dia, seus amigos quiseram pregar-lhe uma peça e lhe deram de presente uma espada, dizendo que tinha um poder mágico muito antigo. O homem que a empunhasse jamais seria derrotado em combate. Para surpresa deles, o jovem correu para o torneio e pôs em uso o presente, ganhando todos os combates. Ninguém jamais vira tanta velocidade e ousadia na espada. A cada torneio, a notícia de sua maestria se espalhava, e não tardou a ser ovacionado como o primeiro cavaleiro do reino. Por fim, achando que não faria mal nenhum, um dos seus amigos revelou a brincadeira, confessando que o instrumento não tinha nada de mágico, era só uma espada comum. Imediatamente o jovem cavaleiro foi dominado pelo terror. De pé na extremidade da área de combate, as pernas tremeram, a respiração ficou presa na garganta e os dedos perderam a força. Incapaz de continuar acreditando na espada, ele já não acreditava mais em si mesmo. E nunca mais competiu.

Reflexão:Será que precisamos de "Mágica" em nossa vida ou temos consciência de nosso valor e de nosso potencial?
Autor desconhecido

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

"CRÍTICA"

Convidada a fazer uma preleção sobre a crítica, a conferencista compareceu ante o auditório superlotado, carregando pequeno fardo. Após cumprimentar os presentes, retirou os livros e a jarra de água de sobre a mesa, deixando somente a toalha branca. Em silêncio, acendeu poderosa lâmpada, enfeitou a mesa com dezenas de pérolas que trouxera no embrulho e com várias dúzias de flores frescas e perfumadas. Logo após, apanhou na sacola diversos enfeites de expressiva beleza, e enfileirou-os com graça. Em seguida, colocou sobre a mesa um exemplar do Novo Testamento em capa dourada. Depois, diante do assombro de todos, depositou em meio aos demais objetos uma pequenina lagartixa, num frasco de vidro. Só então se dirigiu ao público perguntando:
O que é que os senhores estão vendo?

E a assembléia respondeu, em vozes discordantes: 

Um bicho!
Um lagarto horrível!
Uma larva!
Um pequeno monstro!

Esgotados breves momentos de expectativa, a expositora considerou:

Assim é o espírito da crítica destrutiva, meus amigos! Os senhores não enxergaram o forro de seda alva, que recobre a mesa. Não viram as flores, nem sentiram o seu perfume. Não perceberam as pérolas, nem as outras preciosidades. Não atentaram para o Novo Testamento, nem para a luz faiscante que acendi no início. Mas não passou despercebida, aos olhos da maioria, a diminuta lagartixa... E, sorridente, concluiu sua exposição esclarecendo: 

Nada mais tenho a dizer...
Quantas vezes não nos temos feito cegos para as coisas e situações valorosas da vida.
 
Autor desconhecido

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

"FOLHA EM BRANCO"

Certo dia um professor estava aplicando uma prova e os alunos, em silêncio, tentavam responder as perguntas com uma certa ansiedade. Faltavam uns quinze minutos para o encerramento e um jovem levantou o braço e disse: professor, pode me dar uma folha em branco? O professor levou a folha até sua carteira e perguntou-lhe porque queria mais uma folha em branco, e o aluno falou: eu tentei responder as questões, rabisquei tudo, fiz uma confusão danada e queria começar outra vez. Apesar do pouco tempo que faltava, o professor confiou no rapaz, deu-lhe a folha em branco e ficou torcendo por ele. A atitude do aluno causou simpatia ao professor que, tempos depois, ainda se lembrava daquele episódio simples, mas significativo. Assim como aquele aluno, nós também recebemos de Deus, a cada dia, uma nova folha em branco. E muitos de nós só temos feito rabiscos, confusões, tentativas frustradas e uma confusão danada... Outros apenas amassam essa nova página e a arremessam na lixeira, preferindo a ociosidade, gastando o tempo na inutilidade. Talvez hoje fosse um bom momento para começar a escrever, nessa nova página em branco, uma história diferente, visando um resultado mais feliz. Assim como tirar uma boa nota depende da atenção e do esforço do aluno, uma vida boa também depende da atenção e da dedicação de cada um. Não importa qual seja a sua idade, a sua condição financeira, a sua religião... Tome essa página em branco e passe sua vida a limpo. Escreva, hoje, um novo capítulo, com letras bem definidas e sem rasuras. E o principal: que todos possam ler e encontrar lições nobres. Não se preocupe em tirar nota dez, ser o primeiro em tudo, preocupe-se apenas em fazer o melhor que puder. Pense que mesmo não tendo pedido, Deus lhe ofereceu uma outra folha em branco, que é o dia de hoje. Por isso, não se permita rabiscar ou escrever bobagens nesta nova página, nem desperdiçá-la. Aproveite essa nova chance e escreva um capítulo feliz na sua história. Use as tintas com lucidez e coragem, com discernimento e boa vontade. Não poupe as palavras: dignidade, amizade, fraternidade, esperança e fé. Assim, ao terminar de escrever esse novo capítulo da sua vida, você não verá rasuras nem terá que reescrevê-lo em tempo algum, porque foi escrito com nobreza e sabedoria. Pense nisso! Aproveite este dia e ame com todas as forças do seu coração, sem restrições, sem ver defeitos ou tristezas. Conjugar o verbo amar é escrever uma história feliz. Não espere que a melhoria, a prosperidade e o bem-estar caiam do céu milagrosamente, sem fazer força. Tudo tem o preço da conquista, da busca, da participação, do esforço. São muito potentes os talentos que você dispõe, ainda não explorados pelo seu pensar e sentir, e muitas são as suas possibilidades de crescer e conquistar o que mais quer ou precisa, chegando à felicidade. Basta que não amasse nem rabisque de forma inconseqüente essa página em branco, chamada hoje.

Autor desconhecido

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

"A IMPORTÂNCIA DE DIZER: EU TE AMO"

Depois de 21 anos de casado, descobri uma nova maneira de manter viva a chama do amor. Há pouco tempo decidi sair com outra mulher. Na realidade, foi idéia da minha esposa.
- Você sabe que a ama - disse-me minha esposa um dia, pegando-me de surpresa. A vida é muito curta, você deve dedicar especial tempo a essa mulher.
- Mas, eu te amo - protestei à minha mulher.
- Eu sei. Mas, você também a ama. Tenho certeza disto.
A outra mulher, a quem minha esposa queria que eu visitasse, era minha mãe, que já era viúva há 19 anos, mas as exigências do meu trabalho e de meus 3 filhos, faziam com que eu a visitasse ocasionalmente. Essa noite a convidei para jantar e ir ao cinema.
- O que é que você tem? Você está bem? - perguntou-me ela, após o convite. (Minha mãe é o tipo de mulher que acredita que uma chamada tarde da noite,ou um convite surpresa é indício de más notícias.)
- Pensei que seria agradável passar algum tempo contigo! - Respondi a ela.
- Só nós dois. O que acha?
Ela refletiu por um momento.
- Me agradaria muitíssimo - disse ela sorrindo.
Depois de alguns dias, estava dirigindo para pegá-la depois do trabalho, estava um tanto nervoso, era o nervosismo que antecede a um primeiro encontro.E  que coisa interessante, pude notar que ela também estava muito emocionada. Esperava-me na porta com seu casaco, havia feito um penteado e usava o vestido com que celebrou seu último aniversário de bodas. Seu rosto sorria e irradiava luz como um anjo.
- Eu disse a minhas amigas que ia sair com você, e elas ficaram muito impressionadas. - comentou enquanto subia no carro.
Fomos a um restaurante não muito elegante, mas, sim, aconchegante. Minha mãe se agarrou ao meu braço como se fosse "a primeira dama".Quando nos sentamos, tive que ler para ela o menu. Seus olhos só enxergavam grandes figuras. Quando estava pela metade das entradas, levantei os olhos; mamãe estava sentada do outro lado da mesa, e me olhava fixamente. Um sorriso nostálgico se delineava nos seus lábios.
- Era eu quem lia o menu quando você era pequeno - disse-me.
- Então é hora de relaxar e me permitir devolver o favor - respondi.
Durante o jantar tivemos uma agradável conversa; nada extraordinário, só colocando em dia a vida um para o outro. Falamos tanto que perdemos o horário do cinema.
- Sairei contigo outra vez, mas só se me deixares fazer o convite – disse minha mãe quando a levei para casa.
E eu concordei.
- Como foi teu encontro? - quis saber minha esposa quando cheguei aquela noite.
- Muito agradável. Muito mais do que imaginei.
Dias mais tarde minha mãe faleceu de um infarto fulminante, tudo foi tão rápido, não pude fazer nada. Depois de algum tempo recebi um envelope com cópia de um cheque do restaurante de onde havíamos jantado minha mãe e eu, e uma nota que dizia: "O jantar que teríamos paguei antecipado, estava quase certa de que poderia não estar ali, por isso paguei um jantar para ti e para tua esposa. Jamais poderás entender o que aquela noite significou para mim. Te amo". Nesse momento compreendi a importância de dizer a tempo: "EU TE AMO" e de dar aos nossos entes queridos o espaço que merecem.

Autor desconhecido

sábado, 22 de janeiro de 2011

"OPORTUNIDADES PERDIDAS"

Ofereci-me para tomar conta de Ramanda, nossa filha de três anos, para minha mulher sair com uma amiga. Enquanto Ramanda brincava na sala ao lado, eu adiantava meu trabalho. Achei que estava tudo bem. De repente, percebi que ela estava quieta demais.

- Ramanda, o que você está fazendo?

Nenhuma resposta. Repeti a pergunta e ela disse:

- Ah... nada.

Nada? O que quer dizer "nada"? Corri para a sala a tempo de vê-la decolar para o hall, disparei escada acima atrás dela e ainda vislumbrei seu bumbunzinho dando uma guinada à esquerda na porta do quarto. Eu ganhava terreno! Ela arremeteu para o banheiro. Péssima manobra. Ficou num beco sem saída. Falei para ela olhar para mim. Recusou. Apelei para a mais alta, ameaçadora e autoritária voz de pai:

- Menina! Eu disse para olhar para mim!

Ela se virou devagarinho. Na mão, estava o que restava do batom novo da mãe. O rosto estava inteiramente coberto de vermelho vivo (exceto os lábios, é claro). Olhava para mim com medo, os lábios tremendo. Ouvi todas as vozes que gritaram comigo em criança: "O que é isso?... Você não tem mais idade para isso!... Quantas vezes eu tenho que repetir... Que coisa feia... Assim não é possível!" Era só escolher, entre o repertório de velhas mensagens, qual delas usar para dizer que ela era uma menina impossível. Mas antes de me decidir, meus olhos bateram na camiseta que minha mulher tinha vestido em Ramanda menos de uma hora atrás. As letras garrafais diziam: "SOU UM ANJINHO PERFEITO". Olhei de novo para os olhos rasos de lágrimas e, em vez de ver a menina impossível que não ouvia ninguém, vi uma filhinha de Deus... um anjinho perfeito de grande valor e maravilhosa espontaneidade, que estive perigosamente perto de envergonhar.

- Querida, você está linda! Vamos tirar uma foto para a mamãe ver como você ficou bonita.

Tirei uma foto e agradeci a Deus por não ter perdido a oportunidade de reconhecer um anjinho perfeito que Ele me deu.

Nick Lazaris
Você não está só – Histórias de amor e coragem
Jack Canfield, Mark Victor Hansen e Barry Spilchuck
Ediouro

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

" OS TERREMOTOS DA VIDA"

Dizem que passado o terremoto de Lisboa (1755), o Rei perguntou ao General o que se havia de fazer. Ele respondeu ao Rei: "Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos". Essa resposta simples, franca e direta tem muito a nos ensinar. Muitas vezes temos em nossa vida "terremotos" avassaladores, como o de Lisboa no século XVIII. A catástrofe é tão grande que muitas vezes perdemos a capacidade de raciocinar de forma simples, objetiva. Todos nós estamos sujeitos a "terremotos" na vida. O que fazer? Exatamente o que disse o General: "Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos". E o que isso quer dizer para a nossa vida? Sepultar os mortos significa que não adianta ficar reclamando e chorando o passado. É preciso "sepultar" o passado. Colocá-lo debaixo da terra. Isso significa "esquecer" o passado. Enterrar os mortos. Cuidar dos vivos significa que, depois de enterrar o passado, em seguida temos que cuidar do presente. Cuidar do que ficou vivo. Cuidar do que sobrou. Cuidar do que realmente existe. Fazer o que tiver que ser feito para salvar o que restou do terremoto. Fechar os portos significa não deixar as "portas" abertas para que novos problemas possam surgir ou "vir de fora" enquanto estamos cuidando dos vivos e salvando o que restou do terremoto de nossa vida. Significa manter o foco no "cuidar dos vivos". Significa concentrar-se na reconstrução, no novo. É assim que a história nos ensina. Por isso a história é "a mestra da vida". Portanto, quando você enfrentar um terremoto, não se esqueça: enterre os mortos, cuide dos vivos e feche os portos. Pense nisso.

(Autoria Desconhecida)