terça-feira, 23 de abril de 2013

"VIDA"

Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso. Já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém. Já abracei para proteger. Já dei risada quando não podia. Já fiz amigos eternos. Já amei e fui amado, mas também já fui rejeitado. Já fui amado e não soube amar. Já gritei e pulei de tanta felicidade. Já vivi de amor e fiz juras eternas, mas "quebrei a cara" muitas vezes. Já chorei ouvindo música e vendo fotos. Já liguei só para escutar uma voz. Já me apaixonei por um sorriso. Já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)! Mas sobrevivi. E ainda vivo. Não passo pela vida, e você também não deveria passar. Viva. Bom mesmo é ir a luta com determinação. Abraçar a vida e viver com paixão. Perder com classe e vencer com ousadia. Porque o mundo pertence a quem se atreve. E A VIDA É MUITO, PARA SER INSIGNIFICANTE.
 
Charles Chaplin

segunda-feira, 15 de abril de 2013

"TREM DA VIDA"

Há algum tempo, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco: nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituíveis. Mas isso não impede que, durante a viagem pessoas interessantes, e que virão a ser super especiais para nós, embarquem. Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos! Muitas pessoas tomam esse trem, apenas a passeio. Outros encontram nessa viagem, somente tristezas. Ainda outros circularão pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu assento, ninguém nem sequer percebe. Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos; portanto, somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante o trajeto, atravessemos com grande dificuldade nosso vagão e cheguemos até eles. Só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já terá alguém ocupando esse lugar. Não importa, é assim a viagem: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas. Porém, jamais retornos. Façamos essa viagem, então da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando em cada um deles, o que tiverem de melhor; lembrando sempre que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e provavelmente, precisaremos entender isso, porque nós também fraquejaremos muitas vezes e com certeza, haverá alguém que nos entenderá. O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado. Fico pensando, se quando descer desse trem, sentirei saudades. Acredito que sim; separar-me de alguns amigos que fiz nessa viagem, deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos. Mas me agarro na esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram. E o que vai deixar-me feliz ... Será saber que eu colaborei para isso.